Lei Complementar nº 1.228, de 12 de maio de 2020
O art. 71 da Lei Complementar Municipal n. 632/2006 passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 71. Para fins da consecução da Política Habitacional do Município, é permitido o parcelamento para fins urbanos de imóvel rural contíguo ao perímetro urbano do Município, desde que os parceladores, além dos lotes edificáveis, produzam Unidades de Moradia de Interesse Social a serem doadas ao Município. (NR)"
Fica acrescentado o § 1.º ao art. 71 da Lei Complementar n. 632/2006:
"Art. 71. (…)
§ 1.º Considera-se lote contíguo o lote que faça divisa com o perímetro urbano do Município de Maringá de acordo com a base cartográfica e a matrícula imobiliária até a data de 06 de setembro de 2018, sendo vedada a incorporação de lotes para configurar a contiguidade. (AC)"
Fica acrescentado o § 2.º ao art. 71 da Lei Complementar n. 632/2006:
"Art. 71. (…)
§ 2.º É condição fundamental, para a emissão da Certidão de Viabilidade de parcelamento de lote contíguo ao perímetro urbano, que a área a ele adjacente, interna ao perímetro urbano, esteja integralmente urbanizada, conforme disposto na Lei de Parcelamento do Solo. (AC)"
Fica acrescentado o § 3.º e incisos ao art. 71 da Lei Complementar n. 632/2006:
"Art. 71. (…)
§ 3.º Será vedada a emissão da Certidão de Viabilidade de Parcelamento referida no § 2.º para: I – lote contíguo a áreas internas ao perímetro que não estejam urbanizadas; II – lote contíguo a Zonas Industriais; III – lote contíguo aos perímetros de Zonas de Urbanização Específica. (AC)"
Fica acrescentado o § 4.º ao art. 71 da Lei Complementar n. 632/2006:
"Art. 71. (…)
§ 4.º As condições a serem observadas para o parcelamento de imóvel rural contíguo ao perímetro urbano do Município e a quantidade de Unidades de Moradia de Interesse Social a serem doadas serão estabelecidas na Lei de Uso e Ocupação do Solo. (AC)"
Fica acrescentado o § 5.º ao art. 71 da Lei Complementar n. 632/2006:
"Art. 71. (…)
§ 5.º No ato de aprovação do loteamento, o lote contíguo incorpora as características da Macrozona Urbana adjacente, ou seja, os limites da Macrozona Urbana se expandem sobrepondo-se ao Macrozoneamento original. (AC)"
Zona de Urbanização Específica – ZUE: representada por loteamentos fechados na Zona Rural, por loteamentos para fins urbanos objeto de regularização fundiária e por loteamentos contíguos ao perímetro urbano:
a) permitidos loteamentos contíguos ao perímetro urbano, em ZRU, atendidos aos critérios estabelecidos no art. 10 da presente Lei Complementar e no art. 71 da Lei Complementar n. 632/2006, onde os usos do solo são os classificados como ZEIS e ZUE, divididos proporcionalmente de acordo com regulamento;
b) proibidos todos os demais usos.
a quantidade de Unidades de Moradia de Interesse Social (U.M.) a serem doadas ao Município será correspondente a um percentual da área líquida do empreendimento, e o valor deverá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior, e representada através da seguinte fórmula:
n. U.M. = AL x P%/400 + 1*
onde:
U.M. → Unidades de Moradia de Interesse Social
AL → Área Líquida do empreendimento (m²)
P% → percentual exigido (%)
400 → área mínima do lote-padrão residencial do Município de Maringá (m²)
1* → Unidade extra, sempre adicionada à quantidade mínima relativa aos percentuais exigidos e destinada exclusivamente a pessoas portadoras de deficiência ou idosos.
a quantidade de Unidades de Moradia de Interesse Social (U.M.) a serem doadas ao Município, considerando o percentual exigido (P% = 0,05), será equivalente a 5% (cinco por cento) da área líquida do empreendimento;
a quantidade de Unidades de Moradia de Interesse Social (U.M.) a serem produzidas e comercializadas, considerando o percentual exigido (0,35 ≤ P% ≤ 0,50), deverá estar compreendido entre 35% (trinta e cinco) a 50% (cinquenta por cento) da área líquida do empreendimento.
os padrões de ocupação possíveis para as Unidades de Moradia de Interesse Social são:
ocupação unifamiliar ou bifamiliar, ou seja, de maneira isolada, sobreposta ou geminada em lotes individuais;
ocupação multifamiliar, ou seja, ocupação em blocos residenciais a partir de fração ideal de lote;
ocupação Mista, onde parte das unidades são implantadas de maneira isolada em lotes individuais, e parte das unidades aglutinadas em blocos residenciais multifamiliares.
a localização das Unidades de Moradia de Interesse Social será definida pela Municipalidade em momento oportuno do processo de parcelamento, devendo atender aos objetivos e estratégias da política de Desenvolvimento Territorial e Ambiental do Plano Diretor e ao interesse público;
as Unidades de Moradia destinadas a Habitação de Interesse Social deverão possuir área mínima construída de 45m² (quarenta e cinco metros quadrados), e os demais parâmetros referentes ao programa de necessidades, aos padrões construtivos, parâmetros de adensamento e demais características serão definidos em decreto regulamentador específico.
Os loteamentos contíguos ao perímetro urbano serão transformados automaticamente em Zona de Urbanização Específica, no ato da emissão do respectivo Alvará de Licença pelo Município.
Em qualquer das modalidades escolhidas, a implantação das Unidades de Moradia deverá ser pulverizada dentro do loteamento, de modo a evitar a formação de núcleos e promover a integração socioespacial da população a ser atendida pelos programas habitacionais do Município.
As áreas ou lotes destinados à implantação das Unidades de Moradia de Interesse Social serão automaticamente transformados em Zona Especial de Interesse Social, a ZEIS, quando da aprovação do loteamento, e as demais áreas serão gravadas como ZUE, devendo atender aos parâmetros de uso e ocupação do solo constantes do ANEXO I – TABELA DE USOS DO SOLO e do ANEXO II – TABELA DE PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO DO SOLO.
Assim como nas demais ocupações em Zona Rural, nos loteamentos contíguos ao perímetro urbano, a área permeável deverá corresponder a, no mínimo, 20% (vinte por cento) da superfície total do lote.
As áreas ou Lotes transformados em Zona Especial de Interesse Social através do parcelamento de lotes contíguos ao perímetro urbano não poderão receber outra destinação, nem poderão sofrer desmembramento ou alteração de Zoneamento.
Fica condicionado aos loteamentos contíguos ao perímetro urbano a apresentação do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV), o qual deve estar aprovado nos termos do regulamento específico para fins de protocolo de Aprovação Prévia do Loteamento.
Os projetos das Unidades de Moradia de Interesse Social a serem executadas através dos loteamentos contíguos ao perímetro urbano deverão tramitar concomitantemente ao Projeto de Aprovação de Loteamento e serão aprovados por comissão específica integrada por representantes da Diretoria de Habitação, Diretoria de Planejamento e Diretoria de Aprovação de Implantação de Edificações ou diretorias equivalentes, nomeada por ato específico.
Aos Anexos I – Tabelas de Usos do Solo e II – Tabela de Parâmetros de Ocupação do Solo da Lei Complementar n. 888/2011 deverão ser acrescentados as seguintes tabelas:
- Referência Simples
- •
- 09 Mai 2023
Citado em:- •
- Referência Simples
- •
- 09 Mai 2023
Citado em:
ANEXO I – Tabelas de Usos do Solo
ZONA | USOS PERMITIDOS | USOS PROIBIDOS |
ZUE | USO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR E BIFAMILIAR (ATIVIDADES REGULAMENTADAS ATRAVÉS DE DECRETO (1)(2) | TODOS OS DEMAIS USOS |
(1) As atividades permitidas para a Zona de Urbanização Específica são as mesmas permitidas para a Zona Residencial Dois – ZR2. (2) Conforme alínea "b" § 2.º do art. 19 da Lei Complementar n. 888/2011, como na ZR2, na Zona de Urbanização Específica, a construção de 2 residências (geminada ou não), para lotes existentes em parcelamento de solo após 01/01/2010 devem apresentar as frações conforme segue: em meio de quadra ter testada e largura média mínimas de 8,00m e área mínima de 200,00m²; em esquina ter testada e largura média mínimas de 11,00m e área mínima de 275,00m². |
ANEXO II – Tabela de Parâmetros de Ocupação do Solo:
ZONAS | DIMENS. MÍNIMA DE LOTES. MEIO DE QUADRA / ESQUINA. TESTADA (m) / ÁREA (m²) | ALTURA MÁXIMA DE EDIFIC. (m) | COEFIC. MÁXIMO DE APROV. (un.) | TAXA MÁXIMA DE OCUPAÇÃO DO LOTE (1) (%) | AFASTAMENTO MÍNIMO DAS DIVISAS (m) | ||||
FRONTAL R=RESID. | LATERAIS | FUNDO | |||||||
< 02 PAV. SEM ABERT. COM ABERT. | < 08 PAV | < 02 PAV. SEM ABERT. COM ABERT. | > 02 PAV. | ||||||
ZUE | 12 / 300 15 / 360 | TERR. + 1 | 1,4 | TÉRR. E 2º PAV. 70 | 3 | SEM = DISP. COM = 1,5 | - | SEM=DISP.COM = 1,5. | - |
ZEIS (2)
| VAR. | ATÉ TERR. + 7 | S/ OUT. 1,6 C/ OUT. 2,5 | TÉRR./ DEMAIS 80 | 3 | SEM=DISP. COM = 1,5 | 5,0 | 5,0 | |
(1) O SUBSOLO PODERÁ OCUPAR ATÉ 80% DA SUPERFÍCIE DO LOTE EM ZONA ONDE A ÁREA PERMEÁVEL MÍNIMA FOR DE 20%. (2) OS PARÂMETROS DE ZEIS AQUI ESTABELECIDOS CORRESPONDEM EXCLUSIVAMENTE ÀS ZEIS LOCALIZADAS EM LOTEAMENTOS CONTÍGUOS AO PERÍMETRO URBANO. |